domingo, 2 de junho de 2013

Outros mundos

Na semana passada, cientistas da Nasa puseram o telescópio espacial Kepler em uma espécie de coma tecnológico: a sonda, desenhada para buscar planetas semelhantes à Terra girando em torno de estrelas na nossa vizinhança cósmica, falhou de uma forma que parece irremediável.

Lançada em 2009, a Kepler encontrou 132 planetas e 2.700 outros astros que podem passar no teste e esperam estudos mais detalhados. A confirmação será feita por telescópios terrestres que agora sabem para onde olhar nos céus.

Custando US$ 550 milhões, a sonda Kepler revolucionou nossa visão do Universo e do nosso lugar nele.
A noção de que estrelas têm planetas girando à sua volta é muito antiga, remontando ao menos à Grécia Antiga, onde filósofos como Epicuro, já no século 4º a.C., sugeriram a existência de outros mundos: "Existem infinitos mundos parecidos e diferentes do nosso. Pois os átomos, infinitos em número, se espalham pelas profundezas do espaço." A noção foi elaborada por Giordano Bruno ao final do século 16 em seu tratado "Sobre o Universo Infinito e os Mundos". Para Bruno, esses outros mundos seriam semelhantes à Terra, também habitados.

Era claro que, caso existissem outras Terras, a centralidade da nossa estaria ameaçada. No debate sobre a existência de outros mundos, essa era a questão essencial: somos únicos e, portanto, especiais de alguma forma, ou apenas a norma do que existe pelos confins do espaço?

Foram necessários 413 anos após a morte de Bruno para que tivéssemos uma resposta ao menos parcial a essa pergunta. Em quatro séculos, passamos da mera especulação sobre a existência de outras Terras à observação concreta de planetas que, se não são como o nosso, ao menos podem ser semelhantes.

Hoje, temos uma disciplina em astronomia chamada de planetologia comparada, na qual as propriedades de planetas diversos são examinadas e estudadas em detalhes.

Mesmo que ainda em sua infância, aprendemos já várias coisas: que estrelas, na sua maioria, têm planetas girando à sua volta; que a vida só é possível naqueles que respeitam uma série de regularidades nas suas propriedades astronômicas e que têm composição química bem específica.

Note que quando cientistas falam de vida em outros planetas se referem à vida como nós a conhecemos, isto é, baseada em compostos de carbono e em soluções aquosas. Outros tipos, mesmo que interessantes, são provavelmente ficção. (A menos que a vida tenha evoluído de tal forma que tenha deixado para trás sua carcaça de carbono, existindo numa espécie de rede digital definida em campos eletromagnéticos, sem existência física.)

Se estamos ainda na infância de nossa exploração cósmica, podemos ao menos nos contentar com o que já aprendemos: há centenas de bilhões de planetas na nossa galáxia; se não são infinitos, esses mundos são incontáveis; talvez existam alguns com propriedades semelhantes às do nosso; detalhes da vida nesses mundos dependem da história de cada um e, por isso, somos únicos no Universo, produtos da Terra e de sua história única.


Outras sondas mais poderosas do que a Kepler continuarão a busca. Mas o que já aprendemos demonstra nossa importância cósmica.

10 comentários:

  1. Nosso maior problema, é o tempo e talvez ele seja a solução,espaço tempo...Tem algum mistério escondido dos nossos olhares, parece que estamos presos nesse tempo, eu acho que existe outras civilizações materialmente bem parecida com a nossa, e bem mais perto que podemos imaginar, só que em tempos diferentes.
    Nossa consciência não é local , nosso Espírito atravessa todo limite de tempo, para ele o tempo não existe, aliás, ele nem pertence a esse universo material e a distancia então é ilusória, esse presente é só nosso presente.Quem sabe não estamos procurando de uma maneira errada? A chave de tudo é a informação e não a matéria, a matéria é resultado da informação.

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  2. Nosso maior problema, é o tempo e talvez ele seja a solução,espaço tempo...Tem algum mistério escondido dos nossos olhares, parece que estamos presos nesse tempo, eu acho que existe outras civilizações materialmente bem parecida com a nossa, e bem mais perto que podemos imaginar, só que em tempos diferentes.
    Nossa consciência não é local , nosso Espírito atravessa todo limite de tempo, para ele o tempo não existe, aliás, ele nem pertence a esse universo material e a distancia então é ilusória, esse presente é só nosso presente.Quem sabe não estamos procurando de uma maneira errada? A chave de tudo é a informação e não a matéria, a matéria é resultado da informação.

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  3. Define-se espaço como: extensão superficial limitada, extensão indefinida, distancia entre dois pontos etc... Mas se o espaço for a distancia entre dois pontos, o que será que transcende esse limite? Logo a distancia entre dois pontos ou dois corpos é nada mais que uma região do espaço, isto é, uma parte infinitesimal do espaço.

    Extensão superficial limitada também não, já que toda distancia, extensões possíveis e imagináveis formam regiões no espaço, dado o caráter de possibilidades infinitas de criações. Como definir espaço então?

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  4. Uma definição também que se faz de espaço é a dimensional, exemplo: O ponto tem dimensão zero , isto é, não tem comprimento, altura nem largura; por dois pontos é possível traçar uma reta. Uma reta é composta de infinitos pontos, não tem inicio nem fim, varia para o infinito nas duas direções. A reta tem dimensão um R1, e a sua projeção em uma dimensão inferior é o ponto; um exemplo grosseiro seria se imaginássemos a reta como uma mangueira infinitamente pequena , mas que pudéssemos olhar por dentro, somente enxergaríamos um ponto a nossa frente, com duas retas não colineares concorrentes temos um plano, que tem dimensão dois R2, o plano é formado de infinitas retas, logo a projeção do plano é uma reta, isto é uma dimensão abaixo. Se imaginássemos o plano como uma placa de compensado infinitamente fina, e olhássemos por dentro enxergaríamos as coisas como se fossem tiras muito finas ou retas. Agora se tivermos três retas não colineares e uma delas fora do plano das outras duas teremos uma região do espaço na terceira dimensão R3. O plano, a reta e o ponto podem ser imagens deste, na reta temos infinitos pontos, no plano temos infinitas retas, e no espaço temos infinitos planos retas e pontos.

    Se estivéssemos dentro de uma reta, por suposição é claro, só enxergaríamos pontos, pois tudo que está fora da reta não veríamos por estar em outra dimensão que por sinal é maior que nossa; ao passo que essa pessoa nos veria, ele poderia interferir em nossa dimensão por exemplo se colocasse a mão a nossa frente veríamos um ponto diferente da cor da mão deste individuo, e fatalmente nos assustaria pois que para nós ela apareceria do “nada” e sumiria da mesma forma. Poderiam até retirar um objeto e ficaríamos perplexos ,

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  5. Se estivéssemos em um plano enxergaríamos tudo como retas, agora todas as coisas tem duas dimensões por isso nos parecem retas, se observássemos um objeto tridimensional, só enxergaríamos como tiras; mesmo que fosse tridimensional já que na segunda dimensão as coisas não tem profundidade, mas na terceira dimensão é mais fácil, pois é a que encontramos nosso psiquismo consciente. Todas as que temos em nossa dimensão e vistas por nós tem três dimensões, isto é, comprimento altura e largura, por mais que achemos que não, o problema aí é de ordem de grandeza. Um exemplo é a folha de papel, é muito fina mas tem espessura.

    Se movimentássemos o ponto, só poderíamos fazê-lo em uma dimensão fora dele, e ao fazermos isso esse movimento criaria um seguimento de reta, dimensão 1, ao movimentarmos o seguimento reta, só pode ser em outra dimensão, que usaremos a dimensão 2, e criaríamos um quadrado, e ao movimentarmos o quadrado na terceira dimensão3, criaríamos um cubo, mas na quarta dimensão não conseguimos imaginar o que se formaria, já que nossa mente está projetando imagens 3D; seria como se só tivéssemos um olho e nunca tivéssemos visto o morro pão de açúcar, e com o olho colado na sua encosta tentássemos imaginar que figura seria essa, isso é o que ocorre se nós tentarmos imaginar um movimento em 4D, nos falta parâmetro , no ponto, na reta, e no cubo foi fácil por estarem em dimensões comportadas pelo nosso psiquismo consciente.

    Os espíritos estão em uma dimensão acima da nossa, não os vemos com olhos 3D só os sentimos, mas a alma vê, pois nosso psiquismo pleno abarca todas as dimensões (a centelha divina), já que vibra no padrão divino e quanto mais evoluímos mais capacidade temos de varar as dimensões, por isso no mundo da verdade, o plano espiritual, existem varias regiões para diferentes categorias de espíritos. Quando eles intervêm em nossa dimensão ocorre como no fato que citei acima, podem eles até retirar ou arrebatar objetos para si e colocar em outro lugar, conhecido como fenômeno de transporte (livro dos médiuns cap. V itens 96 ao 99), mas também todas as dimensões estão contidas no espaço, quanto mais se livra dos pesares da matéria mais capacidade tem o ser de superar esses limites dimensionais, se bem que a diferença entre alguns espíritos é uma questão de densidade e peso específico.

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  6. Para nós começarmos a tentar entender essas coisas podemos começar a fazer um exercício com a imaginação, podemos fazer: uma curva 2D e o espaço em 3D quem está preso em uma espécie de labirinto 2D, não pode sair dele só ir para frente ou para trás, mas quem está em uma dimensão acima vê esse individuo consegue prever seus movimentos e suas conseqüências e até estando no espaço superar num instante as distâncias ver atuar a frente desse outro, assim; quem está numa dimensão acima prevê o futuro, em alguns casos inspirados pelo absoluto supremo.

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  7. Quando se estuda a matéria pela matéria podemos encontrar algumas anomalias como os efeitos relativísticos da dilatação e contração do espaço e do tempo, já que esses são reflexo de quem observa apenas do ponto de vista material.

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  8. O estudo da consciência na Universidade tem ficado restrito aos efeitos da mente sem se preocupar em compreender a sua natureza. Durante séculos o homem foi acuado pela violência do fanatismo religioso. Quando abriu seu próprio caminho – por volta do século 19 – a ciência enveredou-se para o outro extremo do materialismo: a descrença. A partir daí momento as pesquisas restringiram-se ao elemento material, ficando o espírito completamente esquecido.

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  9. Neste novo milênio, toma corpo um novo renascimento cultural. Os mais diversos campos, como Neurociência, Física Quântica, Psicologia Transpessoal, Parapsicologia e outros, exigem um conceito claro e racional do que é a consciência. Sem rumos claros, pesquisadores têm investigado os sistemas filosóficos e religiosos de todas as épocas, vasculhando conceitos e definições da consciência.

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  10. Atualmente não há mais como negar a existência da uma realidade metafísica ao redor de todos nós, somos seres interexistentes e interrelacionados.
    Tanto os espíritas quanto os espiritualistas sabem muito bem que o materialismo é, na verdade, uma pseudofilosofia, uma doutrina vazia, porque não apresenta provas da inexistência de um Ser Superior (os materialistas são ateus, como se sabe) e nem comprova que o espírito seja uma mera “secreção mental” (poderes da mente, segundo eles); ao passo que os fenômenos espíritas podem ser estudados e comprovados.
    A evolução gradual do pensamento faz com que os seres humanos tenham maior ânsia de compreender mesmo  
    que parcialmente – aqueles eventos que transcendem os limites da matéria, e que em razão disso, atestam a existência e também a atuação de “algo mais” que ultrapassa as fronteiras da organização biológica e psíquica dos seres humanos e dos animais inferiores.
    Nós não somos somente um amontoado organizado de matéria.
    Somos seres inteligentes situados fora do contexto de espaço-tempo, e, encontramo-nos temporariamente conectados eletromagneticamente – a um organismo biológico para que possamos assim operar com desembaraço no plano das formas, e em razão desse evento nós adquirimos maior grau de evolução intelectomoral a cada novo contato com a matéria bariônica, interagindo com ela e aprendendo através dela.

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