domingo, 19 de maio de 2013

Pergunta inevitável?


A passagem do tempo e o fato de que temos consciência dela compõem, talvez, a condição que mais nos define

Nesta semana estive no Brasil dando uma palestra em um evento corporativo. Havia umas 200 pessoas, de várias regiões do Brasil, executivos e administradores.

Minha missão era iniciar uma reflexão macro, tirando as pessoas de sua área de conforto, colocando questões que, na correria da vida, tendemos a deixar de lado.

Como pediram para que eu falasse sobre o homem, o tempo e o espaço, embarquei numa discussão de como a ciência moderna vê a questão da existência humana: suas origens, seu significado, sua incumbência enquanto espécie, seu destino. Nada mais estimulante do que dividir minhas reflexões sobre esses temas tão fundamentais.

Comecei falando de como somos criaturas limitadas pelo tempo, com uma história que começa e acaba; mostrei que, tal como nós, assim são também as estrelas e o próprio Universo, cada qual com a sua história.

A passagem do tempo e o fato de que nós, como espécie, temos consciência dela são, talvez, a condição que mais nos define: a consciência que temos da nossa existência e da sua finitude.

Argumentei que muito do esforço criativo humano, nossos poemas e nossas sinfonias, a literatura, as ciências e a filosofia, enfim, a soma total da produção cultural da nossa história coletiva podem ser vistos como uma resposta a esses anseios, como uma tentativa de compreender a razão de nossas vidas.

Amor, reprodução, poder e relacionamentos, são manifestações de quem somos e de como escolhemos viver nossas vidas.

Passei para a questão das origens: do Cosmo, das estrelas, da vida, mostrando que todas as culturas de que temos registro oferecem uma narrativa da criação, um esforço de explicar de onde veio tudo.

Olhar para o céu e ver milhares de estrelas nos remete, inevitavelmente, à questão da existência de outros mundos, da possibilidade de que não estamos sós no Universo. Mais ainda quando aprendemos que apenas em nossa galáxia, a Via Láctea, existem em torno de 200 bilhões de estrelas, o Sol sendo apenas uma delas.

Mostrei imagens belíssimas tiradas por sondas espaciais, como o telescópio espacial Hubble, explicando como essas máquinas maravilhosas são um depoimento da criatividade humana: esses pequenos robôs atravessam milhões de quilômetros pelo espaço sideral, visitando outros mundos controlados aqui da Terra por pessoas como nós.

Sugeri que devemos celebrar esses feitos tecnológicos como celebramos outras grandes obras da humanidade, das pirâmides às catedrais medievais, da arquitetura de Brasília à Mona Lisa e às sinfonias de Beethoven.

Mostrei que, diferentemente do que a maioria pensa, e como explico no livro "Criação Imperfeita", quanto mais aprendemos sobre o Cosmo, mais relevantes ficamos: aglomerados moleculares de poeira estelar capazes de refletir sobre quem somos, de construir máquinas que nos permitem ver além da nossa percepção tão limitada do real.

Tentei, com palavras e imagens, celebrar a condição humana e a beleza austera do Cosmo.

E, ao fim de tudo isso, tão inexorável quanto a passagem do tempo, veio a pergunta inevitável: "O senhor acredita em Deus?"

8 comentários:

  1. Quando fazemos alguma coisa errada, pinta uma certa angustia, um incômodo,um arrependimento que parece que nos leva a confrontar nosso próprio Espírito , que não foi feito para não consertar o que esta errado
    Exista uma força muito maior que comanda tudo, que atrravessa o espaço tempo instanteneamente e altera qualquer resultado, essa força não reside aqui mas se manifesta atraveis de informações
    Quando agente faz o bem pra alguem, nos conectamos com essa força e nosso corpo fica mais leve, tudo fica mais fácil... Até as dificuldades.
    Essa força não reside na matéria, ela não cabe e nem combina , não está sujeita as leis que regem a matéria ao do começo e nem a do fim, a distancia então pra ela nem existe, só atraveis do Espírito ela pode acontecer! É facil imaginar de que força estamos falando; Não é?

    ResponderExcluir
  2. Julga-se o poder de uma inteligência pelas suas obras. Não podendo nenhum ser humano criar o que a Natureza é e produz, ele apenas descobri a natureza com sua ciência, a causa primeira é, portanto, uma inteligência superior à humanidade.
    Quaiquer que sejam os prodigios realizados pela inteligência humana, ela própria tem uma causa e, quanto maior for o que realize, tanto maior há de ser a causa primeira. Essa inteligência superior é que é a causa primeira de todas as coisas, seja qual for o nome pelo qual o homem a designe.

    ResponderExcluir
  3. Ninguem aqui na terra e conhecedor do infinito ou dono da verdade, a ciência, com o lhc a física quantica e suas reorias, descobrirá uma pequena parte da verdade ou a verdade relativa a sua percepção material.
    Cedo ou tarde a ciência de hoje, no futuro também ficará para tras, e o que hoje é verdade, amanhã poderá ser um grande engano. A ciência também terá que evoluir, porque há mais mistérios entre o céu e a terra que a ciência está longe e incapaz de desvendar.
    Estamos todos separados e todos interligados, várias ideias identicas podem aparecer em vários cantos da terra ao mesmo tempo.

    ResponderExcluir
  4. Verdade x mentira - Bem x mal
    Jesus deixou bem claro a grande diferença que existe entre os dois reinos, afirmando que só um é verdadeiramente justo e verdadeiramente Real e ifinitamente maior e infinitamente glorioso.
    Podemos saber a grande diferença que existe entre as trevas e a Luz, mas quando por algum motivo, pintar uma dúvida... podemos recorrer aos ensinamentos de Jesus, que também está gravado em nossos Espíritos. Nós temos a resposta! Ela está dentro de nós ! Nós temos a verdade! Ela está dentro de nós!
    A ciência também busca a verdade, que é do bem! Em busca dessa " Verdade", as vezes estrapola e perde a noção dos ensinamentos mais básicos a favor do bem e da verdade.
    A ignorancia veste a capa da ciência para tentar frear os necessários ensinamentos do Cristo, mas graças a Justiça, a Verdadeira Ciência prevalecerá sempre, porque ela tambem é a verdade e busca a verdade.

    ResponderExcluir
  5. II PEDRO CAP. 3, V. 8
    Mas há uma coisa, caríssimos, de que não deveis esquecer: um dia diante do Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.

    ResponderExcluir
  6. No “Livro apócrifo de Isaías, “ há um trecho que a assertiva de tempo e espaço fica bem evidenciada se compararmos a descrição do Espírito extraterrestre que se comunicou com Kardec, vejamos:

    “Tendo duvidado do glória do Senhor, o profeta Isaías foi transportado ao céu pela vontade divina. Lá ele contemplou o Eterno em todo o seu esplendor. O anjo que transportara chamou-o para voltar à Terra. E Isaías espantou-se. Por que voltar tão depressa? Estamos aqui a duas horas... Eis que o anjo lhe respondeu: Duas horas não, mais sim trinta e dois anos. Estas palavras mergulharam o profeta em tristeza, exclamando que nada valia a ele voltar um homem decrépito. Para ti o tempo não terá passado, respondeu-lhe o anjo...”

    ResponderExcluir
  7. se o Sol deixasse, agora, de emitir luz, não nos afetaria porque estamos fora do acontecimento, quando ele se apaga não estamos no cone de luz. Somente depois de oito minutos é que nos daríamos conta, pois é o tempo que este leva para chegar a nós. Somente nessa altura é que os acontecimentos no nosso planeta ficariam no cone de luz futura do acontecimento antes deste desaparecer.

    Nesse preciso momento, não sabemos o que estará ocorrendo no Universo mais longínquo, no caso dos astros mais afastados de nós a sua luz se propagou de lá acerca de alguns milhares de anos. Dessa forma, quando olhamos para o Universo estamos vendo como ele era no passado.

    Einstein provou que o tempo absoluto não existe, mas cada indivíduo tem a sua observação pessoal de tempo, dependendo de onde se encontra e da maneira que se move. "Os espíritos desmaterializados, o espaço e o tempo não existem para eles. Mas, a extensão e penetração da vista são proporcionais à depuração deles e à elevação que alcançaram na vida espiritual, explicou Allan Kardec em A Gênese.

    ResponderExcluir
  8. Existe uma realidade fora do espaço tempo, nós ( Espíritos ) somos de lá!

    ResponderExcluir